“Hawaii” Mexicano surpreende os Brazucas.

16/10/2010

Por Daniel Andrade

Dia 25 de Agosto de 2010 em São Paulo, no meu trabalho recebo a ligação do meu brother Fernando me chamando para viajarmos, ele argumentava que não agüentava mais o trabalho, os problemas e as cobranças, comentei que estava na mesma situação que precisávamos de paz, alegria e altas ondas, certo? Já estava dentro da Trip!
Dia 28 estávamos dentro de um avião rumo a Puerto Escondido, no México, após 12 hs de vôo e uma pernoite na cidade do México, chegamos no destino. Ao chegarmos no hotel de frente para praia, sensação de um de lugar exótico com clima tropical e muito calor, olhei para o mar pelo meio dos quiosques e tive a sensação de estar no Hawaii, ondas em torno de 3 metros quebravam ou melhor explodiam na frente da praia como nunca tinha visto. O aperto no coração e a adrenalina começou a nos atacar. Pegamos as malas e fomos direto ao quarto reservado. Ao chegarmos no quarto, outra surpresa, uma vista maravilhosa de toda a praia, sem palavras. Como as condições do mar não eram muito agradáveis resolvemos arrumar as coisas, jantar e descansar.
Dia 29 acordamos com explosões e da cama mesmo levantamos o pescoço e fizemos o check-up das ondas.

Ondas em torno de 2 m. Descemos a escadaria e fomos para praia analisar de perto. Montanhas de água quebravam com muita força na baia, um gringo estava chegando com um gunzeira para mais de 8 pés, sem lesh e foi em direção ao canal, o que nos deixou assustados e ao mesmo tempo adrenalizados.
Tomamos nosso café da manha (desayuno) olhando a força com que aquelas ondas quebravam, era impressionante.
Estávamos com receio, mas ao mesmo tempo querendo surfar, pensamos por 10 minutos quando peguei minha prancha e comecei a prepará-la, o Fernando sem pensar duas vezes já estava com tudo pronto se concentrando.
No canal com ondas de 1 m bem pesado explodindo em nossas cabeças, fomos espirrados para beira do mar , seria um sinal de Deus para não entrarmos? Olhei para o Fernando e disse:
___Vamos brother, concentração, nós temos bagagem e experiência para encarar essa situação!
Passamos a arrebentação e fomos remando para o pico com um certo receio pois o barulho das ondas quebrando assustava a qualquer um. Depois de algumas séries começamos a nos soltar , em minha 4ª onda dropei segurando a parede e esperando o tubo rodar, começou a rodar e aquele visual deslumbrante fez parte da minha cabeça, água cristalina, barulho assustador, velocidade perfeita, coração apertado foi a sensação do momento, ao sair dando risada pensei comigo “Essa trip será alucinante!”.
Quando comecei a remar para o canal estava o Fernando bem a minha esquerda, pois ele tinha pego uma onda atrás da minha, gritando irado brother, irado!
Estávamos tranqüilo no outside quando de repente subiu uma série a maior do dia era gigante e acabou nos surpreendendo quebrando mais ao fundo, consegui passar no limite e infelizmente meu brother acabou testando seus limites de apnéia, quando eu estava passando pelo topo da onda olhei para baixo e um buraco negro se formava com muita fúria, olhei para o Fernando e ele estava bem no centro do buraco, não pensei duas vezes e gritei “the house down” e o buraco se fechou, fiquei preocupado! Dentro de alguns segundos avistei meu brother longe la no meio do inside com muita espuma e bem, chegou a tomar mais duas ondas porém na zona de impacto não eram tão grandes como a primeira. Minutos depois ele chega do meu lado comentando que seu coração estava disparando, que a onda era uma monstro de água.
Foi uma queda e tanto que marcou momentos inesquecíveis para nós logo no primeiro dia de trip. Curtimos os outros 13 dias com altas ondas, toda queda com direito a tubos e muita diversão, surfamos la punta (praia no canto esquerdo da praia de zicatela) uma esquerda muito extensa com 3 sessões de onda , nos jogamos para barra de la cruz, uma direita igual a esquerda de la punta, um lugar paradisíaco, muita natureza, muita paz, porém uma roubada de lugar para se hospedar, ficamos no Pueblo um vilarejo local muito humilde, nosso “hotel” era o melhor da região e parecia com o ferro velho do Chico Sujeira do lado de casa.

Curtimos umas nights ouvindo uma boa rumba e dando risadas e agora dia 10 de setembro de 2010, estou aqui no terraço do meu quarto olhando as marolas quebrando ao fundo e bem abaixo uma piscina no meio de diversos coqueiros, um visual perfeito que muitos gostariam de ter, isto é Puerto Escondido, fomos abençoados mais uma vez, muito obrigado SENHOR por nos proporcionar tanta paz, alegria e satisfação.

“A BUSCAR É ETERNA”


Altas Ondas e os Mini-Riders atacam novamente

14/04/2010

Rock-Point

Nos dias 09, 10 e 11 de abril/10 tivemos o privilégio de receber uma das melhores ondulações dos últimos tempos e desfrutar de altas ondas em nosso litoral.

Estivemos em Ubatuba, fizemos o check-up geral e concluímos que a praia das Toninhas era a melhor opção de surf durante toda a duração deste swell. A exceção ficou por conta das lajes que seguiram funcionando, porém na costa a opção foi a praia das Toninhas.

Durante o dia 09 pudemos desfrutar de um surf em ondas grandes e com quase ninguém na água. A situação era comparada a dos picos internacionais, onde você tem durante o dia todo altas ondas quebrando e só sai da água pois não tem mais braço para seguir surfando. As séries tinham facilmente 2,5 metros com muito volume.

No dia 10, o mar deu uma acalmada, as séries já não tinham tanta massa d’água beiravam os 2 metros e as séries pareciam estar mais alinhadas e nos propiciaram um surf de primeira.

Já no dia 11 virou brincadeira de criança, ainda tínhamos boas ondas, séries vinham ainda beirando 1,5m, porém normalmente eram ondas de 1 metro por toda a praia. O crowd era insuportável, a praia das Toninhas já era facilmente comparável aos dias mais intensos de verão da praia das pitangueiras no Guarujá.

Infelizmente durante todo o swell tivemos um fato lamentável. Alguns, brilhantemente denominados como “Mini-Riders”, resolveram atacar e colocaram os Jet-sky na água no sábado e domingo, tentando disputar as ondas no out-side com a galera que estava na remada. Não tenho nada contra os verdadeiros big-riders, agora, um mar com a arrebentação tranqüila e ondas de aproximadamente 2 metros beirando a costa não é o ambiente ideal para a prática de tow-in.

Agradeço fortemente a Netuno por este presente de páscoa que chegou atrasado, porém com muita pressão!

Aloha!
Fernando Liberato
Equipe @_surfphotos (Twitter)


Cotidiano

09/09/2009